sábado, 13 de dezembro de 2008

A má alimentação infantil


É facto conhecido e divulgado que muitas crianças de hoje consomem alimentos que não são nutritivos. Ajudadas por adultos, as crianças têm vindo a processar algumas redes de fast foods, por fornecer comida que supostamente não desenvolvem “hábitos saudáveis”, mas criam dependência ou viciam as pessoas.


Os especialistas colocam a no mesmo grupo da “dependência doentia”, tanto o consumo de álcool, fumo e drogas, como o de hamburgueres e refrigerantes. Essas “coisas saborosas” são maquinadas inteligentemente pela publicidade enganosa como “meios rápidos para se chegar à felicidade”. Evidentemente, uma falsa felicidade, vendida em forma de produto que gratifica a oralidade. Promete preencher os vazios humanos com a satisfação gratificada na forma de gozo do paladar, a que os antigos chamavam “gula”, ou seja, um dos sete pecados capitais.
A comida industrializada torna-se um vício


Doa a quem doer: dependência de um produto é vício, é doença, não é simplesmente um hábito. Podemos mudar hábitos, mas os vícios são mais complicados, ou mesmo impossíveis de lhes dar a volta, uma vez que sabemos que ninguém se cura da toxicodependência, do alcoolismo ou do tabagismo. O vício esconde motivações não conscientes, que reaparecem em forma de imperativo categórico, além da auto-sustentação repetitiva.

A psicanálise refere a “compulsão à repetição”, ou seja, o sujeito diante dessas “coisas saborosas” trabalhadas pela publicidade, perde a sua condição de sujeito-que-escolhe, como querem os crentes no homem apenas determinado pela força racional.
É por ser um “sujeito dividido” que se torna dependente do que elas representam. Por exemplo, conhecemos inúmeros casos de pessoas que sabem dos malefícios do tabaco, das drogas, da má alimentação, mas que não conseguem vencer esse vício.

Qual é o nosso papel na má alimentação infantil?


No extremo oposto, há quem sugira, em vez de processar os Fast Foods, porque não processar os pais, pois são eles que autorizaram ou que se omitem de ser pais quando os filhos se inclinam para as comidas rápidas. É mais cómoda tal atitude do que ter uma posição preventiva em relação à saúde dos filhos.

4 comentários:

Anónimo disse...

E isto acontece principalmente nos Estados Unidos! Será que é para isto que serev o desenvolvimento de que eles tanto se gabam?!

Unknown disse...

Concordo em absoluto com a conclusão, o problema da obesidade infantil está nos pais que tudo permitem a troco de não quererem ouvir miúdos a birrar, preferem o caminho mais fácil, fazerem-lhe as vontades.
Teresa A. Ferreira

Margarida disse...

E um estudo revela que a taxa de obesidade infantil nos Estados Unidos pode descer até 18 por cento se os anúncios de “fast food” na televisão forem proibidos.
Assim sendo, países como a Finlândia, Suécia e Noruega já proibiram anúncios televisivios a comida rápida.

Se7en.pt disse...

Essa medida é óptima! A publicidade ao "fast food" devia ser completamente banida da televisão.