domingo, 7 de dezembro de 2008

Vegetarianismo



“Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as hipóteses de sobrevivência da vida na Terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem da vida vegetariana, pelos seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade.”
Albert Einstein

Existem muitas dúvidas e mitos sobre a alimentação vegetariana. Desde questões ligadas ao aproveitamento de nutrientes até às questões espirituais. O termo vegetarianismo vem do latim "Vegetare" que significa dar vida, animar. "Homo Vegetus" significa homem saudável e vigoroso.

O Vegetarianismo é um regime alimentar baseado fundamentalmente em alimentos de origem vegetal. Os vegetarianos excluem da sua dieta carne, bem como alimentos derivados (ex., gelatina feita com ossos animais). Os alimentos utilizados numa dieta vegetariana equilibrada são, na sua maioria, alimentos com maior vitalidade, isentos de toxinas, antibióticos e hormonas presentes na dieta carnívora. Essa maior vitalidade, conseguida através da dieta vegetariana, permite uma maior vivacidade ao organismo que, somado ao menor trabalho na digestão desses alimentos, proporciona uma maior energia disponível para a realização das mais variadas tarefas.

Há diversas razões que levam uma pessoa a adoptar uma dieta vegetariana, nomeadamente razões de saúde, ecológicas, éticas e religiosas.

Razões de saúde

Nos últimos anos, extensivos estudos médicos têm provado que grande parte dos cancros, doenças cardiovasculares, diabetes, artrite, osteoporose, obesidade, impotência e doenças degenerativas, estão associadas ao consumo de carne e outros produtos de origem animal.
Uma dieta vegetariana equilibrada é geralmente eficaz em equilibrar os níveis de colesterol, reduzir o risco de doenças cardio-vasculares e também evitar alguns tipos de cancro, entre outras.

Razões ecológicas

Um vegetariano reduz um elo da cadeia alimentar, tornando-a mais eficiente e, consequentemente, reduzindo o impacto ambiental da sua alimentação.
A criação de gado devasta imensas áreas verdes naturais. O homem provoca desequilíbrio na Natureza ao alterar processos evolutivos normais de animais e vegetais. A demanda por carne barata é uma das principais causas da destruição das florestas tropicais e outras florestas em todo o mundo. Isto contribui para a extinção das espécies e a desertificação, além da poluição causada pelo dióxido de carbono.
Estudos recentes realizados nos Estados Unidos revelam que o rebanho bovino é responsável por pelo menos 12% do gás metano (uma das substâncias que mais influenciam no aumento da temperatura no planeta - efeito estufa) liberado para o meio ambiente. A indústria da carne é um dos agentes mais poluidores e que mais consomem água.
Para produzir carne, é necessário cultivar plantas que alimentarão o gado, que por sua vez irá alimentar o homem. Durante o passo de alimentação do gado, foram gastos recursos como a água, energia e tempo, que poderiam ter sido poupados se o homem consumisse directamente os vegetais.

Razões éticas

Muitos vegetarianos não concebem o homem como superior ao animal, do ponto de vista do direito à vida. Ou seja, não é justo tirar a vida a um animal para alimentar uma pessoa, especialmente quando a vida dessa pessoa não depende da vida do animal. Portanto, os animais e os seres humanos devem coexistir. Outro aspecto refere-se à forma como os animais são tratados. Os animais produzidos pela indústria agropecuária moderna são confinados em pequenos espaços, alimentados de forma artificial e tratados por vezes de forma brutal durante o transporte ou antes do abate.

Razões económicas

A base alimentar do vegetarianismo consiste em alimentos de um nível inferior da cadeia alimentar, os legumes, frutos e grãos, mais baratos do que a carne ou o peixe, quando de qualidades comparáveis. Os alimentos vegetarianos processados, como o tofu ou o seitan, são muitas vezes produzidos pelos próprios consumidores em casa. As razões económicas não costumam, isoladamente, motivar uma pessoa a adaptar a dieta vegetariana, mas contribui muitas vezes, ao lado de outras motivações, para a mudança de regime alimentar, ou a sua manutenção.

Razões espirituais

As motivações religiosas são, muitas vezes, revestidas de grande complexidade. Budistas, Hindus, Cristãos Rosacruzes e Adventistas do Sétimo Dia são tipicamente conotados com o vegetarianismo, mas as motivações não são necessariamente imposições religiosas (isto é, comer carne não é necessariamente visto como um pecado, por exemplo). Muitos budistas preferem a dieta vegetariana porque defendem a não-violência, o que é, portanto, uma motivação ética. Muitos adventistas escolhem e aconselham a dieta vegetariana porque a vêem como mais saudável e, portanto, vantajosa para o corpo terreno - o que é, consequentemente, uma motivação de saúde.

Ao escolhermos um regime vegetariano estamos num caminho melhor para vivermos melhor, com mais saúde e por mais anos. O vegetarianismo é um sistema alimentar que não oferece contra-indicações.

1 comentário:

Margarida disse...

peço desculpa pelo facto de o artigo ser muito extenso. Penso que talvez se torne cansativo e desmotivante mas achei que não fazia sentido dividi-lo em duas partes.