quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Mitos e factos alimentares

Na última edição de “Mitos e factos alimentares” um leitor deixou-nos uma questão à qual vamos tentar responder.

“Porque é que tapando o nariz conseguimos aceitar melhor certos alimentos que numa situação normal diríamos que não gostamos”?

O olfacto e o paladar estão estreitamente relacionados.
As papilas gustativas da língua identificam o paladar e o nervo olfactivo identifica os odores.
A nossa língua só consegue distinguir quatro sabores: azedo, amargo, salgado e doce.



Na mastigação a língua sente o sabor e o olfacto sente o aroma (cheiro). É a combinação destes dois sentidos que definem o gosto do alimento.
É por esta razão que se taparmos o nariz enquanto ingerimos um alimento não somos capazes de sentir o seu “gosto”. O nariz tapado bloqueia o cheiro dos alimentos e mostra as limitações do nosso paladar quando este funciona sozinho.
Se, para além do olfacto, a visão for obstruída, torna-se quase impossível saber aquilo que se está a comer.

Continuem a enviar-nos a vossas dúvidas!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Resposta correcta ao questionário 2

A resposta certa à questão da última semana era "de três em três horas".

A nossa digestão demora três horas a finalizar-se e se demorarmos mais de três horas até à próxima refeição o nosso estômago entra em défice de funções e quando formos a comer ele, em vez de digerir os alimentos com tranquilidade, ingere à pressa não realizando as funções específicas devidamente.

Hábitos alimentares: os principais erros

Os erros por excesso
As calorias
O excesso calórico encontra-se entre os erros mais vulgares da nossa alimentação. Mais do que a nossa abundância das refeições, é causado sobretudo: pelos petiscos, pelas calorias presentes nas bebidas, nos rebuçados e nos chocolates. A escolha dos alimentos influencia de maneira determinante: 100g de pão ou de carne fornecem as mesmas calorias mas não dão a mesma sensação de sacies. O pão enche o estômago, os hambúrgueres não.

Os lípidos
Fornecem cerca de 42% da nossa energia em vez de 30%, como deveriam. O erro, neste caso, é um excessivo consumo de produtos de origem animal.

O açúcar
O açúcar refinado encontra-se presente em todo o lado: bebidas, bolos confeccionados, lacticínios e naturalmente nos rebuçados e nos chocolates. Estes excessos são prejudiciais sobretudo para as artérias, locais onde se acumula a gordura impedindo a passagem normal da corrente sanguínea.

A carne
O homem moderno consome demasiada carne e demasiados enchidos. Ao invés da carne deveria comer lacticínios, peixe, legumes secos e ovos. Sendo que estes têm o mesmo valor proteico e fornecem menos gorduras.

O álcool
O excessivo consumo de bebidas alcoólicas encontra-se entre os erros mais difusos, que nos casos extremos tem consequências físicas, psíquicas, familiares e sociais.

Mitos e factos alimentares

Diariamente, vemo-nos confrontados com a chamada “sabedoria popular” sobre a alimentação e os seus efeitos embora, na maioria dos casos, não apresente qualquer fundamento.
Este espaço tem como objectivo desmistificar certas dúvidas nutricionais/alimentares e responder a possíveis dúvidas que os nossos leitores possam ter.

Participem enviando as vossas dúvidas!

Mito ou verdade : A água à refeição engorda?



A água é das poucas coisas que ingerimos que não tem calorias. Logo nunca engorda, nem às refeições nem fora delas. A percentagem de água presente no corpo humano é de 60%, no caso de haver retenção de água pelo organismo, poderá influenciar o peso, se houver alguma situação clínica anómala. No entanto um indivíduo saudável não faz retenção de líquidos.
Quando ingerida às refeições poderá contribuir, a médio e longo prazo, para a dilatação do estômago, reduzindo a sensação de saciedade.

Mito!

Alimentação VS nutrição

A alimentação é um acto voluntário e consciente. É a acção de fornecer ao organismo os alimentos de que precisa, sob a forma de produtos alimentares (naturais ou modificados, ou ainda, em parte, sintéticos).

A nutrição é um acto involuntário e inconsciente.
Corresponde aos fenómenos que se passam com os alimentos e nutrientes no organismo depois de ingeridos.
É um processo composto por quatro etapas:

1- Ingestão (boca)
2- Digestão (estômago)
3- Absorção (intestino delgado/ corrente sanguínea)
4- Assimilação (células)

Comer é diferente de nutrir!

Hoje em dia, devido a factores internos (tabaco, álcool, stress, medicamentos) e externos (poluição ambiental, método de cultivo dos alimentos), as várias etapas da nutrição estão condicionadas, levando à perda progressiva dos nutrientes fornecidos às nossas células ao longo do processo nutricional.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Tubo digestivo





Boca: onde ocorre o processo de mastigação que juntamente com a saliva degradam o amido em maltose. Inicia-se, assim, o processo de digestão dos carbo-hidratos presentes no alimento.


Faringe: Auxilia no processo de deglutição (acto de engolir).


Esófago: Canal de passagem aonde o bolo alimentar é empurrado por meio de contracções musculares (movimentos peristálticos) até o estômago.


Estômago: Onde começa o processo químico e onde actua a pepsina, enzima que transforma as proteínas em peptídeos (cadeias menores de aminoácidos). O estômago é um órgão em forma de bolsa com o pH à volta de 2 (extremamente ácido). Ele pode ficar horas a misturar o bolo alimentar, no seu interior, com a secreção gástrica (água, muco, ácido clorídrico e enzimas). O bolo alimentar torna-se mais líquido e ácido passando a chamar-se quimo e é, aos poucos, encaminhado para o duodeno.

Intestino delgado: Na sua parede são produzidas enzimas como: a peptidase (digestão de proteínas), a maltase (digere a maltose), a lactase (digere a lactose) e a sacarase (digere a sacarose). A superfície interna, ou mucosa, dessa região, apresenta, além de inúmeras dobras maiores, milhões de pequenas dobras, chamadas vilosidades (aumenta a superfície de absorção intestinal). O intestino delgado absorve a água ingerida, os iões e as vitaminas.

Intestino grosso: Dividido em 4 partes: ceco, cólon, apêndice e o recto. É o local, por excelência para a absorção de água. Glândulas da mucosa do intestino grosso segregam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.

Duodeno: Dividido em quatro partes com forma de C, é no duodeno que o suco pancreático (neutraliza acidez do quimo e faz a digestão de proteínas, de carbo-hidratos e de gorduras) e a secreção biliar agem, interagem com o quimo e transformam-no em quilo. O duodeno possui, ainda, as glândulas de Brünner que segregam muco nas paredes do intestino delgado.

Cólon: É a região intermediária, um segmento que se prolonga do ceco até o ânus.

Recto: É a parte final do tubo digestivo e termina-se no canal anal. Possui geralmente 3 pregas no seu interior e é uma região bem vascularizada. É no canal anal que ocorrem as hemorróidas que não são nada mais que varizes nas veias rectais inferiores.


Ânus: Controla a saída das fezes, localizado na extremidade do intestino grosso.